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O PSDB entrou nesta quinta-feira (30) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de auditoria para que se verifique a "lisura" da eleição presidencial. Na solicitação apresentada pelo coordenador jurídico da campanha do candidato derrotado Aécio Neves, deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP), o partido sugere a criação de uma comissão com representantes do tribunal e de partidos para verificar o sistema que apura e faz a contagem dos votos. Na eleição, o candidato a presidente pelo PSDB, Aécio Neves, teve 51 milhões de votos (48,36%) contra 54,5 milhões (51,64%) da presidente Dilma Rousseff, reeleita pelo PT.

O partido requer a análise de cópia dos boletins de urna de todas as sessões eleitorais do país, documentos, impressos ou manuscritos gerados em todas as sessões eleitorais do país; cópia dos arquivos eletrônicos que compõem a memória de resultados obtida a partir dos dados fornecidos por cada seção eleitoral; arquivos eletrônicos detalhados, originais e completos, correspondentes à transmissão e ao recebimento de todos os dados de apuração; entre outros.

O PSDB argumenta que não coloca em dúvida a lisura da apuração e o trabalho do TSE, mas justifica que, depois de anunciada a vitória da petista, surgiu – especialmente nas redes sociais -, "uma somatória de denúncias e desconfianças por parte da população brasileira". O advogado da campanha do PSDB Flávio Henrique Pereira disse – em entrevista ao site G1 – que o objetivo é "reestabelecer" a credibilidade da apuração dos votos. “Basta uma pequena análise na internet para ver que surgem dúvidas de todos os lados. Defendemos que se faça a auditoria para restabelecer a credibilidade do sistema”, disse.

O texto do deputado tucano, autor do pedido de auditoria, cita as queixas por parte de usuários das redes sociais como fundamento para a auditoria. "Nas redes sociais os cidadãos brasileiros vêm expressando, de forma clara e objetiva, a descrença quanto à confiabilidade da apuração dos votos e a infalibilidade da urna eletrônica, baseando-se em denúncias das mais variadas ordens, que se multiplicaram após o encerramento do processo de votação, colocando em dúvida desde o processo de votação até a totalização do resultado", diz o texto.