O PT e o PSB querem ter acesso aos depoimentos do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, para desenvolver estratégias que diminuam o impacto gerado pelas denúncias no cenário eleitoral.

De acordo com informações publicadas no jornal Folha de S. Paulo, assessores da Presidência afirmam que a documentação será pedida por meio da Petrobras quando o processo de delação premiada for encerrado, o que não tem prazo para ocorrer. Segundo a publicação, o temor do governo é que as oitivas prossigam por todo o primeiro turno e afetem a imagem da presidente e candidata a reeleição Dilma Rousseff.

A petista afirmou ontem (07) que tomará “todas as medidas cabíveis”, assim que tiver informações mais detalhadas sobre o caso. Dilma citou ainda a matéria da revista Veja – onde aparecem nomes delatados por Costa em seu depoimento, como a governadora do Maranhão, Roseana Sarney (MA), os ex-governadores Sérgio Cabral (RJ) e Eduardo Campos (PE), o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão e o ex-ministro das Cidades e atual conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) do Estado da Bahia, Mário Negromonte e negou que sua gestão estivesse ameaçada, “[Uma reportagem] não lança suspeita nenhuma sobre o governo, na medida em que ninguém do governo foi oficialmente acusado”, disse.

O PSB, por sua vez, "já requereu acesso ao processo, segundo informou o vice na chapa da candidata a presidente Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque. "Ele é sigiloso, mas queremos ler, saber exatamente com detalhes o que foi feito", afirmou Albuquerque, que acrescentou que a família de Campos, morto em acidente aéreo no dia 13 de agosto, tem sofrido com as suspeitas sobre o então presidenciável. Além da defesa de Campos, que será lembrado como alguém que sempre defendeu as investigações a respeito da Petrobras, o PSB pretende atacar a administração da companhia durante o governo petista, segundo a Folha.

Por Maíra Lima