Mais um partido garantiu presença no rol de apoiadores da pré-candidatura de Rui Costa (PT) a governador do estado. Desta vez foi o PTB, com a presença do presidente estadual da legenda, o prefeito de Sapeaçu, Jonival Lucas; do mandatário nacional da agremiação, vice-presidente de governo do Banco do Brasil, Benito Gama; do secretário Extraordinário para Assuntos Estratégicos, Edvaldo Brito, e diversos correligionários sacramentaram parceria futura nas eleições deste ano. O anúncio ocorreu ontem (14), no Hotel Matiz, em Salvador.

A batida do martelo foi anunciada por Gama, ex-aliado do ex-governador Antônio Carlos Magalhães. O petebista demonstrou seu desejo de aumentar o número de parlamentares da sigla nas eleições deste ano e enalteceu a parceria.

“A nossa caminhada não será em vão. Temos vontade de ganhar as eleições e vamos trabalhar muito para eleger Rui Costa como governador da Bahia e reeleger a presidenta Dilma Rousseff”, disse.

Rui Costa, que chegou a se emocionar quando falou da sua trajetória, lembrou as ações do governador Jaques Wagner (PT) e, entusiasmado, agradeceu ao partido pelo apoio.

“Conto com o PTB nessa construção. Queremos que o programa de governo seja escrito por milhares de mãos e não por tecnocratas”, afirmou o candidato petista.

Além da pré-candidatura de Rui, a corrida pelo Senado, cujo vice-governador Otto Alencar (PSD) figura como detentor da vaga, também foi enfatizada pelos membros do PTB.

Escolha do vice será criteriosa, diz Wagner

Ainda paira o suspense sobre a vaga de vice de Rui Costa (PT). O governador Jaques Wagner (PT), que adiou o anúncio, antes datado para o próximo domingo (16), só deverá confirmar o escolhido após suas “miniférias”. Durante entrevista coletiva, antes do evento que garantiu o apoio do PTB ao grupo petista, no hotel Matiz, o chefe do Executivo admitiu escolha criteriosa do nome. “Não tem que ser indicação subjetiva. Tem que ser em cima de critérios, e aí que eles têm que ser aceitos pelos dois lados, e são eles que vão determinar. Problemas na relação podem surgir com critérios subjetivos”, declarou.

O petista confirmou pressão do PP para a confirmação do nome de João Leão (PP) ainda nesta semana. Wagner considerou normal que a sigla tomasse a medida, mas garantiu que não fará o anúncio “até achar que as coisas estão compreendidas por todo mundo”, uma forte referência ao desapontamento do presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, deputado Marcelo Nilo (PDT).

O pedetista não gostou da especulação de confirmação do nome de Leão e chegou a participar da posse do secretário da Casa Civil da prefeitura de Salvador, Luiz Carreira, e sentou a mesa ao lado de Geddel Vieira Lima (PMDB) e ACM Neto (DEM). O governador considerou “normal” a participação de Nilo ao ato e destacou que quer manter a unidade do grupo. “Ele é presidente da Assembleia. Ele vai para onde ele quiser. Isso para mim é bobagem. Meu objetivo é manter o grupo unido”, disse.

Jaques Wagner encerrou o papo e não destacou quais seriam os critérios da escolha, mesmo distribuindo afagos e elogios ao PDT e ao PP. Afirmou que não poderá utilizar critérios informais para garantir a vaga. “Não posso usar o critério da simpatia, não posso usar critério da amizade, porque ambos são. Não posso usar critério da fidelidade, porque ambos estão no grupo”, declarou.Com informações do Tribuna da Bahia.