A eleição para a escolha da nova mesa diretora da Câmara de vereadores de Camaçari, realizada nesta segunda-feira, 15, ilustrou mais uma evidência do racha dentro da oposição do município.

Um dos episódios que comprova a afirmação é o fato do vereador Zé do Pão (PTB) oposicionista declarado ao governo, votar no candidato Marcelino (PT), mesmo com o seu grupo político tendo candidatura.

Vale lembrar que a eleição que escolheria a nova presidência da Casa Legislativa teria chapa única, por conta de um acordo feito entre os parlamentares. O tal acordo que beneficiaria ambos os lados prevaleceu até a manhã da última sexta-feira, 12, porém, no final da tarde uma nova chapa composta pelos opositores foi registrada para também disputar o cargo.

A notícia pegou muita gente de surpresa, principalmente pelo fato da nova candidatura ter sido lançada faltando apenas dois dias para o pleito. Informações obtidas pelo portal Bahia no Ar, indicam que o acordo foi desfeito por conta de problemas internos no partido do Democratas. A informação foi confirmada pelo vereador Júnior Borges (DEM) que afirmou que o partido cedeu a pressão da militância da legenda.

De acordo com os bastidores, alguns militantes do DEM, não aceitavam o fato de Júnior Borges ser o candidato a vice-presidência, porque queriam outro vereador.

Júnior por sua vez, ressaltou que uma noticia chegou a ser divulgada com a informação de que ele teria feito um acordo unilateral com o governo, fato negado por ele. Por conta dos boatos, o partido chegou a divulgar uma nota em uma rede social repudiando o posicionamento de alguns militantes e declarou confiança total no seu candidato.

Ainda segundo informações dos bastidores, o partido não agüentou a pressão da militância e sentou com vereadores de outros partidos também oposicionistas para lançar uma nova chapa. De vice da chapa encabeçada por Marcelino, Júnior passou a fazer parte da chapa que tinha como candidato a presidente João da Galinha (PRTB) e na manhã de hoje mostrou-se extremamente insatisfeito por conta da mudança. Júnior revelou está aborrecido por ter que descumprir com o acordo feito anteriormente e ressaltou que em 2015 não será “liderado pela oposição” e que fará um mandato independente. “Júnior Borges a partir de 2015 não será liderando por ninguém será líder de si mesmo, disse.

Redação Bahia no Ar