A organização da Parada Gay em Simões Filho está causando divergência entre o AGGRAC – Grupo Gay do Cia I, que promove o evento, e a Secretaria de Cultura (Secult) do município.

De acordo com Edy Cacai, presidente do AGGRAC, eles não têm recebido o apoio necessário da Secult para realização da Parada. “A gente quer liberdade para fazer o evento da diversidade, como fazemos desde 2011. Sempre enviamos ofício para a secretaria e eles atendem, mas esse ano está sendo diferente”.

O grupo pede apoio para o custeio do trio elétrico e da contratação da banda para a Parada Gay, que este ano acontece no dia 14 de setembro. “Vamos ter rainha, madrinha, princesa, padrinho, gays fantasiados. Estamos fazendo design das roupas com estilistas do grupo, e tudo isso tem custo”, conta.

Edy ainda ameaça que, caso as solicitações não sejam atendidas, o grupo realizará uma manifestação. “Isso é uma indignação da diversidade. Se não houver diálogo e não sair tudo positivo para continuarmos fazendo a Parada do orgulho gay, faremos um protesto e vamos fechar a BR-324 com pneus”.

Mas, de acordo com o secretário de Cultura do município, Jorge Sales, a medida não vai ser necessária. “Estamos abertos ao diálogo e vamos chegar a um acordo”, assegura.

Segundo Sales, a Secult apoia todos os eventos da diversidade em Simões Filho e o impasse se deve por questões legais. “Existe um trâmite que precisamos cumprir, se não, cometemos improbidade. A secretaria já tem um contrato de fornecimento de estrutura para evento e por isso não temos como disponibilizar recursos para isso. Foi explicado para o presidente do AGGRAC e pedimos que ele nos passasse a capacidade do trio e nós faremos a ordem de serviço para que o fornecedor atenda a demanda”.

O secretário ainda explicou que, quanto a contratação de bandas, é feita por licitação ou processo de inelegibilidade, e não há como fazer de forma direta. “Pedimos para que ele elencasse as atrações e apresentasse as bandas pra gente fazer os trâmites legais”, pontuou.

Por Emile Lira