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A rainha Elizabeth II sancionou na última quarta-feira (29) feira um sistema de regulação da mídia, dois dias após o premier David Cameron ameaçar censurar o “Guardian” pela publicação de documentos sigilosos sobre a espionagem no país. A iniciativa é apoiada pelos três principais partidos políticos britânicos. Os meios de comunicação não são obrigados a se inscrever no novo marco regulatório, mas não está claro, até agora, como o impasse será resolvido.

A discussão entrou em pauta depois que repórteres do jornal “News of the World” e de outros meios de comunicação tiveram acesso ilegal a ligações telefônicas de celebridades, políticos e vítimas de crimes. O sistema, que também foi aplicado em países como Equador e Venezuela, foi amplamente criticado por jornais, que ameaçam boicotar a medida. Eles argumentam que o órgão federal poderia ser usado por políticos para punir publicações das quais não gostam. Eles também reclamam que propostas sugeridas por eles foram ignoradas, e alguns veículos consideram levar o tema ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

O grupo “Hacked Off”, composto por vítimas de abusos da imprensa, apoiam a solução. “A imprensa deveria aproveitar para mostrar que não teme ser submetida a padrões éticos decentes, e que tem orgulho de agir com responsabilidade com as pessoas para quem e sobre quem escrevem”, declarou.