Uma das datas mais importantes no calendário das festas cívicas brasileiras, o 7 de Setembro em Camaçari, realizado no bairro da Gleba E, foi repleto de homenagens feitas por grupos de estudantes e de pessoas que saíram de casa com o único objetivo de expressar o amor à Pátria.

Por outro lado, o dia em que todas as autoridades políticas do município se reúnem –Executivo e Legislativo – foi aproveitado também pelas pessoas que queriam mesmo demonstrar a insatisfação aos serviços públicos disponibilizados pelo governo municipal. “Nossa intenção é mostrar que não temos apenas o que comemorar”, disse um dos manifestantes.

Cartazes e gritos de guerra ensaiados sinalizavam a chegada do Bloco de Re-Existência no circuito do desfile cívico – o mesmo grupo de jovens que ocupou a Câmara de Vereadores da cidade para cobrar mais atitude dos vereadores na fiscalização ao Executivo e cobrança do que se faz necessário melhorar no município.

Dizeres como “Seu governo não me representa”, “Chega de pão e circo”, “Mais saúde e educação” e “Tarifa Zero já” invadiram o circuito do desfile, mas não avançaram. Uma tropa da Polícia Militar impediu que o grupo permanecesse no meio do caminho, colocando-os para a lateral do circuito. Mas eles não pararam de fazer barulho.

Um dos representantes de um grupo que fazia parte do desfile ajudou a convencer o grupo de que as escolas precisavam passar, utilizando o argumento de que a maioria eram crianças e que não tinham a ver com o protesto.

Ao final do desfile, o grupo se posicionou em frente ao palanque onde o prefeito Ademar Delgado (PT) estava e entoou vários gritos de guerra até o momento da saída do alcaide do local. O prefeito foi embora, mas não fez nenhum comentário sobre a atitude dos manifestantes.

Redação Bahia no Ar