Partindo do pressuposto de que um sindicato é uma associação de trabalhadores de um determinado setor que tem como função defender os direitos dos profissionais que estão atrelados a ele. Então, é mais do que lógico que o trabalhador filiado a tal instituição acredite que de fato essa missão esteja sendo exercida com empenho porque quem foi designado para representar tais interesses.

Com este breve esclarecimento, o que esperar de um presidente do sindicato que se reúne com o patrão, pra receber doações para sua campanha de deputado? No meio da classe, além de perder a confiança da categoria, ainda passa a ser chamado de pelego.Tudo isso, cabe ao socialista Bebeto Galvão, presidente licenciado do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada (Sintepav).

Galvão é candidato a deputado federal e ganhou R$ 50 mil da UTC Engenharia. Dos 14 doadores de sua campanha, ele ainda recebeu do fundo partidário de Lídice da Mata R$ 6.440 mil e R$ 3,5 mil da Associação Cultural Casa D’Itália. As outras são pessoas físicas com agrados de até R$ 16 mil.

Questionado se não seria incoerente receber doações do patrão que estaria em lado oposto ao do trabalhador, o sindicalista candidato a deputado resolveu fazer uma analogia a campanha presidencial. “É incoerente uma empresa que presta serviço ao Estado financiar a campanha de Dilma? Por que não tem essa incoerência com eles e tem comigo?”, disse Galvão.

Para ele, os sindicatos fazem parte da formulação e da afirmação de direito da sociedade. Desconexo, Bebeto finalizou afirmando que “não vejo nenhum tipo de incoerência”.

Redação Bahia no Ar