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Acatando o pedido do governado Rui Costa, a bancada do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deve desistir de entrar com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) contra o presidente da Casa, deputado Marcelo Nilo (PDT), reeleito pela 5ª vez consecutiva para a função. Orientados pela executiva estadual, de que não cabe aos seus membros tensionarem as relações entre o governo Rui Costa e a sua base sustentada por nove partidos na AL-BA, o posicionamento deve ser debatido pelos onze deputados, na próxima terça-feira (24), com a participação do presidente estadual do PT, Everaldo Anunciação.

A influência de Nilo na Casa deve pesar na decisão do PT e a dependência do governo de manter com o gestor do Legislativo uma boa relação, já que estarão em suas mãos as demandas do executivo para apreciação em plenário.

Segundo informações do jornal Tribuna da Bahia, Anunciação antecipou no último domingo (22) que a tendência será a de “trilhar pelo entendimento político”. “O governo manifestou que a questão era do PT, mas disse que a judicialização não era o melhor caminho. De certa forma, isso encontra ressonância dentro do PT”, afirmou. “Até que se recue vamos continuar insistindo que a reeleição não é boa”, acrescentou.

A ideia da Ação contra Nilo é fundamentada a partir do que foi estabelecido no último Congresso do PT, quando foi determinado dentro do Estatuto, um limite para a reeleição de deputados. Os parlamentares só podem acumular agora três mandatos. Foi instituído também que o PT iria dialogar com as bancadas aliadas na tentativa de viabilizarem um nome petista para a presidência do Legislativo baiano, mas essa última determinação não encontrou respaldo dentro da base, que preferiu caminhar ao lado de Nilo.