Apesar de ainda está em estado de alerta para a ocorrência de uma eventual epidemia da dengue, o novo estudo sobre a situação da doença em Salvador revela a redução do Índice de Infestação Predial (IIP) de 1,8% em setembro de 2014 para 1,4% neste mês de novembro, menor indicador registrado na capital nos últimos 10 anos.

O resultado do levantamento é atribuído a uma série de intervenções, mobilização e conscientização junto à população através de campanhas e ações educativas, bem como a intensificação das atividades do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) casa à casa, da abertura de imóveis abandonados e dos inúmeros mutirões de limpeza realizados em bairros prioritários através da articulação de diferentes órgãos da Prefeitura como Saúde, Sucop e Limburp.

De acordo com a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Isabel Guimarães, os levantamentos servem para nortear as ações da Secretaria Municipal da Saúde. "Atingimos um indicador histórico e estamos cada vez mais fechando o cerco ao mosquito da dengue no município. No entanto, mesmo com uma redução considerável ainda estamos com um índice acima do ideal, por isso o alerta continua aceso, assim como nosso trabalho por toda cidade porque o enfretamento ao Aedes aegypti, e agora também ao Aedes albopictus (transmissor da febre chikungunya), é contínuo. Só que complementaremos as atividades diárias do CCZ com a realização de ações estratégicas, como faxinaços e mutirões, nas áreas ainda vulneráveis à proliferação do mosquito, para isso também é importante que a população se mantenha vigilante e colabore com o Poder Público”, afirma.

O estudo apontou ainda que pela primeira vez na história Salvador conta com quatro distritos sanitários com índice de infestação igual ou menor a 1,0%, indicador recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que significa dizer que as localidades não correm risco de uma epidemia da doença. No total, 66 bairros apresentaram índices satisfatórios na capital.