O Ministério Público do Rio de Janeiro denuncia, nesta segunda-feira (20), quase dezenove anos depois, quatro policiais civis e dois militares pelas mortes de 13 pessoas – no crime que ficou conhecido como “Chacina da Nova Brasília”, na Zona Norte do Rio, no ano de 1994.

Cada acusado foi denunciado 13 vezes por homicídio duplamente qualificado. A polícia carioca alega que a demora nas denuncias seria pelos inúmeros entraves no decorrer do processo. Os promotores afirmam que o processo foi parar nas mãos de um órgão que não tinha competência para avaliar o caso o que terminou no arquivamento do inquérito.

O promotor Marcelo Muniz, que acompanhou os primeiros passos da investigação, afirma que as testemunhas foram torturadas pelos policiais e depois assassinadas. “Se a ação policial a priori tinha uma intenção legítima, que seria reprimir o tráfico de entorpecentes, as atitudes posteriores dos policiais mostraram que ela foi desvirtuada”, declarou Muniz.