Na comparação com todas as outras atividades econômicas, os trabalhadores do setor cultural são mais jovens, mais escolarizados, há mais presença de brancos e os salários são maiores, principalmente no setor privado.

Em 2012, o salário médio dos empregados em atividades culturais era de R$ 1.553 mensais, 6% maior do que o salário médio de todos os trabalhadores do País, de R$ 1.460 mensais. Os números foram revelados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Quando se considera apenas o setor privado, a diferença era ainda maior, na comparação de dados referentes a 2010. Os empregados em atividades culturais ganharam R$ 2.144, 30% a mais que os R$ 1.650 mensais do total de trabalhadores do setor privado.

Ao contrário do total das atividades econômicas, há mais brancos do que negros e pardos empregados no setor cultural. Os homens são maioria no setor cultural (53% dos trabalhadores em cultura são do sexo masculino), mas não tanto quanto na economia total (57,6% dos trabalhadores em todos os setores são homens).

A presença de pessoas de nível superior entre os trabalhadores da cultura é bem maior que no total das atividades econômicas. Na cultura, 20,8% dos empregados têm curso superior completo, proporção que cai para 14% entre o total de trabalhadores como um todo.

O Sudeste tem 4,5% do total de trabalhadores atuando no setor cultural – a maior proporção entre as regiões, seguido pelo Sul (3,9%). A menor proporção é no Norte, com 2,7%.

Entre sete Estados comparados no estudo, São Paulo tem o maior peso de pessoas trabalhando em cultura (5,1% do total de trabalhadores). Bahia tem o menor (2,6%).

Paraná e Minas Gerais são os únicos Estados em que as mulheres trabalhando em cultura superam os homens. No Paraná, 50,8% dos trabalhadores em cultura são do sexo feminino. Em Minas Gerais, 50,1%. Na Bahia, está a menor proporção: 40,4%.

*Estadão Conteúdo.