Ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, afirmou nesta segunda-feira (9), Dia Mundial de Combate à Corrupção, que os símbolos da corrupção no Brasil "continuam soltos". O chefe da CGU, no entanto, não disse a quem estava se referindo ao fazer a declaração durante evento que celebrou os dez anos de criação do órgão, ligado à Presidência da República.

Indagado por jornalistas sobre se a prisão dos condenados no processo do mensalão é um marco no combate à corrupção no país, Hage minimizou os efeitos da medida. Para ele, o fato foi importante no sentido de mostrar que as instituições, "quando querem, funcionam". O ministro ressaltou que o Brasil está longe de ter condenado "símbolos da corrupção".

“É importante sim [as prisões de réus do mensalão], que mostra que as instituições, quando querem, funcionam. Mas eu diria que está muito longe de termos condenado símbolos da corrupção no Brasil. Na minha opinião, os símbolos da corrupção no Brasil, os emblemáticos, continuam soltos”, declarou o ministro.

Durante o evento, Hage disse que o Brasil avançou no combate à corrupção na última década e citou ações do Executivo federal tomadas para estimular a transparência na gestão pública, como a Lei de Acesso à Informação.

Segundo ele, 95% dos questionamentos direcionados às repartições públicas federais já foram respondidos, sendo a maioria deles em até 12 dias. O prazo-máximo para que os órgãos públicos prestem esclarecimentos sobre demandas da população é de 30 dias.

Questionado sobre o que ainda precisaria ser feito no Brasil para melhorar o combate às más práticas de gestão, Jorge Hage citou a reforma política e a reforma no processo judicial.

As informações são do G1.