Além disto, não foi feita nenhuma celebração pelo cinquentenário do município, fato justificado pela situação financeira do governo, que, segundo o pré-candidato a prefeito petista, Edson Almeida, beira ao 'limite prudência'.

Agora, a Câmara de Vereadores simõesfilhense organiza uma grande confraternização, em comemoração aos festejos de fim de ano. Idealizada pelo vereador Dr. Alfredo (PP), também participarão do evento – além dos vereadores – os secretários municipais. Se de um lado há alegria, do outro a tristeza impera… E a pergunta que fica é: " O que estão fazendo pelos trabalhadores aqueles que deveriam estar preocupados com eles"? E a resposta, que nem precisaria ser dada: " Estão comemorando". Espera-se, ao menos, que os recursos aplicados na festa sejam dos organizadores…

Este fato, longe de ser isolado, reflete o sentimento preponderante em Simões Filho: enquanto os políticos se divertem, o povo sofre. Este sentimento apenas relembra a situação de mazela política em que vive a cidade. Simões Filho atualmente não vive o seu pior momento político-administrativo. O município sempre esteve neste pior momento.

A cidade, há décadas vivendo uma alternância de administrações incompetentes, nas pessoas do ex-prefeito Edson Almeida – oportunistamente hoje no PT – e de Eduardo Alencar (PSD), é marcada por uma grande ironia. Basta lembrar que Simões Filho é um dos municípios mais ricos do estado, mas por outro lado, um dos menos desenvolvidos. Não há geração de emprego significativa (e ainda tem demissões em massa), não existe uma política de atenção aos jovens (daí o alto índice de envolvimento nas drogas nesta faixa etária, e consequentes homicídios), não tem uma faculdade de verdade em Simões Filho (nem de mentira), as ruas periféricas- com as suas necessidades básicas de recolhimento de lixo, pavimentação e etc – são esquecidas, os índices de violência nem precisam ser citados (basta prestar atenção ao noticiário), enfim, a cidade vive uma situação muito crítica.

Somado a esta triste realidade de inoperância do Poder Executivo está a subserviência do Legislativo Municipal, que tem em suas cadeiras representantes marionetes, a serviço unicamente dos ditames de uma administração falida. Estes representantes (que deveriam ser do povo) não passam de cúmplices, permitindo que a ineficência na cidade persista. Se por um lado há lentidão em atender às necessidades do povo, por outro a rapidez em festejar chega a ser alarmante. Mas o que eles festejam mesmo? Realmente, 'ironia' aí é a palavra-chave.