Em entrevista a revista 'Contigo!' desta semana, Dinho Ouro Preto causou polêmica ao falar sobre drogas. O cantor afirmou que é a favor a liberação no Brasil.

"Sou a favor da legalização de todas as drogas. O Brasil poderia cobrar impostos de cada um que usa. Eu acredito que o estado não tem o direito de dizer a um adulto o que usar. Então faça como faz com o álcool, não permitindo o consumo por menores de 18 anos. Agora, se eu tenho 21 e quero cheirar cocaína, o problema é meu. Quer dizer que de alcoolismo eu posso morrer? O cara pode dizer que toma uma garrafa de pinga por dia e não que fuma um baseado? Custa mais para o estado tratar um alcoólatra do que um viciado em cocaína? É uma contradição! Acredito que a tendência é liberar gradativamente, inclusive no Brasil", afirmou.

O roqueiro revelou que já usou diversas drogas, mas a pior fase considera ter sido na década de 1990. "Em 1993 cheguei ao fundo do poço e saí do Capital [Inicial]. Abusava de tudo, cocaína, ácido, LSD, ecstasy, foi uma fase bastante triste da minha vida. Era promiscuidade, drogas e rock and roll. Depois de um ano de cara limpa, eu recuperei esse vigor e percebi que no rock and roll não precisa estar drogado".

Dinho contou que decidiu largar as drogas porque o uso estava afetando na qualidade do seu sono: ele não conseguia dormir, e acordava sempre de ressaca. "Parei de beber, cortei drogas, tudo. Estou mais saudável do que quando tinha 49 anos. Eu me sinto mais novo, me livrei da ressaca. Estou sem maconha e álcool há um ano. Todos os dias acordo às 10 horas, corro 5 quilômetros e faço ginástica por uma hora e meia. Depois fico a maior parte do tempo aqui no estúdio".