Um dos suspeitos de matar um paciente dentro do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), na noite de sábado (12), em Feira de Santana, cidade distante cerca de 100 km de Salvador, foi preso na segunda-feira (14). De acordo com a polícia, o homem foi detido na rodoviária quando tentava sair da cidade.

Um outro suspeito do crime continua sendo procurado. O assassinato ocorreu na clínica cirúrgica do HGCA, onde estavam mais de 20 pessoas, entre pacientes, acompanhantes e profissionais de saúde. O paciente se recuperava de uma tentativa de homicídio ocorrida no mesmo dia, quando foi atingido por dez tiros.

A Polícia Civil em Feira de Santana solicitou as imagens das câmeras de segurança do hospital para saber como os dois homens conseguiram entrar no hospital.

Crime

O homem de 32 anos estava acompanhado da mãe no momento do crime. Há suspeitas de que ele tinha envolvimento com drogas e de que o crime teria sido praticado por alguma desavença.

De acordo com o major Ribeiro, comandante da 67ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM), os suspeitos tiveram acesso ao hospital por um portão lateral que estava aberto e cometeram o crime.

Segundo o major, em casos de pacientes presos, por exemplo, é requisitado o apoio e o acompanhamento da Polícia Militar, mas isso não aconteceu neste caso.

O diretor do hospital, José Carlos Pitangueira, disse que o homem assassinado não estava com escolta policial porque deu entrada como paciente comum. Ainda segundo o diretor, outros quatro pacientes internados na unidade estão jurados de morte. Só um deles está algemado a mando da polícia.

Por meio de nota, o Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (Cremeb) informou que a "situação denuncia de forma brutal a falta de segurança nas unidades de saúde". A entidade ressalta a insatisfação dos profissionais que atuam no Clériston Andrade sobre a falta de estrutura e condições de trabalho às quais são submetidos.

"O Conselho espera que diante os fatos o governo possa colocar em prática medidas que visem conter a violência e garantir a segurança nas Unidades de Urgência e Emergência de Salvador", diz a nota. (G1)