O sucesso da personagem Valdirene, em “Amor à vida”, fez várias portas se abrirem para Tatá Werneck. De lá para cá, a atriz vem acumulando trabalhos com personagens cômicos. Além do “Vai que cola” e do “Tudo pela audiência”, na Multishow, ela está nos cinemas com o filme “Loucas pra casar”, na próxima novela das sete “Lady Marizete” e três produções das telonas a aguardam para as filmagens. Mas o lado irreverente de Tatá dentro e fora de cena também dificulta a sua comunicação e, segundo ela própria, também não a deixa conseguir alguns trabalhos.

— As pessoas nunca me levam a sério. É muito difícil isso acontecer. Depois da novela, eu ganhei 14 prêmios com a Valdirene. Fiquei feliz demais e sempre ia para os discursos pensando em falar coisas seríssimas para emocionar a plateia, mas nunca consegui. No final, as pessoas estavam rindo e gritando. Uma vez falei de direitos humanos e de discriminação e as pessoas riram demais. Gente, isso é sério! — desabafa a comediante.

Ela garante que o fato de as pessoas não saberem quando ela está falando a verdade ou está brincando não a incomoda, mas pode prejudicá-la na carreira de atriz em outros gêneros.

— Talvez as pessoas não me chamem para fazer personagens dramáticos por isso. Tenho também este lado. Gostaria também de fazer papéis que não fossem cômicos, mas eu não posso negar e não tenho vergonha nenhuma de dizer que eu amo fazer comédia mais do que tudo na minha vida. Tenho prazer em ver as pessoas rindo — declara-se a atriz de 31 anos. *Extra Globo.