O soldado canadense que levou um tiro nesta quarta-feira (22) no memorial de guerra do Canadá em Ottawa morreu, segundo anunciou o ministro de empregos e desenvolvimento social Jason Kenney no Twitter. A informação foi confirmada pela polícia de Ottawa, que a operação de buscas por suspeitos continua e recomendou que os moradores fiquem longe do centro da cidade.

Kenney ainda disse que um guarda do Parlamento, onde mais tiros foram disparados, também ficou ferido após a troca de tiros.

Após o soldado ser baleado, múltiplos disparos ocorreram no bloco central do Parlamento. O edifício do Parlamento foi fechado, e policiais e equipes táticas foram para o local, que foi cercado. Pessoas que estavam dentro dos prédios foram retiradas após uma triagem.

O soldado fazia a guarda externa da sede do Parlamento e foi gravemente ferido. Ele foi socorrido em uma ambulância, e outros veículos do tipo estavam no local.

Um suspeito atirador foi morto – segundo a TV canadense CBC, dentro do prédio do Parlamento – e outros possíveis envolvidos são procurados. A polícia ressaltou que a vítima não será identificada por ora. Testemunhas disseram ter visto o homem que atirou no soldado correr para o local.

Segundo a CNN, Marc Soucy, da polícia de Ottawa, disse que as autoridades tentavam determinar se dois ou três atiradores estão envolvidos no ocorrido.

O Hospital de Ottawa divulgou que recebeu três pessoas, duas em condição estável, depois do incidente.

Agentes da polícia fortemente armados cercam o prédio e o gabinete do primeiro-ministro Stephen Harper, que deixou o local depois do tiroteio, aparentemente a salvo.

Pouco mais de uma hora após os incidentes no memorial e no Parlamento, a polícia de Ottawa informou que houve um terceiro local com disparos, o Centro Rideau, shopping que fica nas proximidades dos dois primeiros. Os três casos aconteceram em um curto intervalo de tempo, de acordo com a emissora CBC.

Segundo TV canadense, as bases das forças armadas canadenses ao redor do país começaram a ser fechadas para o público após o ocorrido em Ottawa.

Os prédios públicos da cidade e a embaixada dos Estados Unidos também foram fechados.

O incidente acontece dois dias após um militante islâmico ter atropelado dois soldados canadenses, matando um, perto de Montreal.

A defesa aérea americana-canadense (Norad) foi colocada em estado de alerta para "ser capaz de responder rapidamente" a qualquer incidente aéreo que possa estar ligado ao tiroteio, informou à agência France Presse o porta-voz Jeff Davis.

A Casa Branca afirmou que o presidente Barack Obama conversou com o primeiro-ministro canadense, Stephen Harper, mas não divulgou o conteúdo da conversa. Josh Earnest, porta-voz da Casa Branca, disse que os Estados Unidos ofereceram ajuda às autoridades do Canadá.