Após o funcionário terceirizado, Eldo Pereira Alves, 25 anos, morrer na tarde de ontem (06) após sofrer um acidente na obra do metrô de Salvador, os 1.800 operários da construção pesada que trabalham no mesmo empreendimento decidiram paralisar as atividades durante uma assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (7).

A categoria reivindica melhores condições de segurança. Segundo informações do presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Montagem industrial da Bahia (Sintepav), Irailson Warneaux, a paralisação é por tempo indeterminado. Ainda na tarde de ontem, o sindicato protocolou uma denúncia junto ao Ministério Público do Trabalho (MPT), que vai abrir uma sindicância para identificar as falhas que provocaram a morte do operário. "O sindicato não vai permitir que trabalhadores sejam perdidos até o final da obra", ressaltou o presidente. Ele também avaliou que pretende levar a discussão sobre a segurança das obras até o governador Jaques Vagner.

Uma nova assembleia está prevista para acontecer na manhã da próxima segunda-feira , 11, no canteiro de obras do Retiro. O Sintepav, informou ainda que essa foi a quarta morte provocada por acidente de trabalho durante as obras do metrô.

O acidente

Eldo Pereira Alves era funcionário de uma empresa terceirizada que prestava serviço à CCR, concessionária que administra o metrô. O rapaz morreu após cair de um poste na Baixinha de Santo Antônio, no canteiro de obras do Retiro por volta das 11h30. Ele ainda chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Roberto Santos, porém não resistiu aos ferimentos e veio a óbito por volta 16 horas.

Por Maíra Lima