O traficante Marcelo Santos das Dores, o Menor P., suspeito de mandar torturar o jogador do Vasco Bernardo, é investigado por pelo menos cinco desaparecimentos na região da favela de Maré, onde comanda o tráfico de drogas – isso só do ano passado até hoje, segundo a polícia.

De acordo com o "Extra", entre os desaparecidos estão o traficante conhecido como R10, que até então era considerado o braço direito de Menor P, e sua esposa. Os dois foram vistos pela última vez em 23 de dezembro do ano passado e estão sumidos deste então.

Na comunidade da Maré, Menor P é temido por ser, segundo a polícia, "sanguinário". Ele teria ficado furioso ao saber que sua namorada, Dayana Rodrigues, 22 anos, estaria envolvida com um jogador de futebol. A jovem é uma das seis namoradas que o traficante tem espalhadas pelo Complexo da Maré.

Segundo o delegado José Pedro Costa da Silva, o bandido pediu desculpas à família de Dayana, que foi baleada na perna e no pé pelo traficante. Ele disse que agiu por conta de uma "crise de ciúme". Dayana prestou depoimento do Hospital Souza Aguiar, onde estava internada – ela não quis contar quem atirou nela e disse que se insistissem diria que foi atingida por bala perdida.

"A gente sabe que não é verdade. Foram três tiros na perna. Mas ela está apavorada. A família dela mora na Maré", disse o delegado. Dayana teve alta na quinta e desde então não voltou para casa – está escondida, mas disse que não quer proteção policial.

O traficante gosta de se exibir e postar imagens com celebridades – ela já divulgou foto na internet ao lado do cantor Naldo. Ele também frequenta regularmente bailes funk na favela, que também contam com presença de jogadores de futebol.

Menor P é líder do tráfico na região desde a morte de Márcio José Sabino Pereira, o Matemático, baleado em troca de tiros com a polícia em maio do ano passado. Ex-militar, ele comanda 200 homens na Maré, treinados com táticas militares e que possuem pelo menos 100 fuzis, ainda segundo reportagem do "Extra".

Só para sua segurança pessoal, Menor P conta com 20 homens, que andam sempre armados com fuzis. Ele sai pouco da comunidade – no ano passado, chegou a passar um dia na praia da Barra, mas quase foi preso pela polícia – um comparsa chegou a ser detido.

Em outubro de 2011, ele tentou extorquir R$ 2 milhões de uma construtora para dar "autorização" para construção de uma ponte dentro da comunidade. Os bandidos chegaram a atirar no canteiro de obras posteriormente.*Fonte:CB