Foto: Foto: Reprodução/TV Bahia.

A mulher suspeita de ter jogado ácido sulfúrico na vendedora Claudimar Félix, no dia 24 de março de 2013, foi presa na segunda-feira (7), no bairro de Plataforma, em Salvador.

De acordo com o delegado Antônio Carlos Magalhães Santos, a mulher confessou o ato e disse que jogou o ácido por conta de ciúmes do namorado. Ela deverá responder pelo crime de lesão corporal de natureza grave.

Claudimar foi atingida no rosto, pescoço e quase todo o lado direito do corpo, enquanto passeava pelo bairro de Itapuã. Ela ficou 2 meses internada no hospital para se recuperar das queimaduras de 3° grau que sofreu.

Sofrimento

"Passei por cirurgia, tive que fazer enxerto, tirar pele de uma parte boa e botar na parte que está ferida. Tive debilidade [fraqueza] permanente e falta de movimento devido ao fato de as queimaduras terem sido muito profundas", relatou Claudimar, que também mudou de endereço. "Não consigo mexer os braços. Estou fazendo fisioterapia para poder voltar a movê-los", acrescentou.

A vendedora teve que parar de trabalhar e está recebendo auxílio-doença da Previdência Social. Ela ganha um salário mínimo mensal, que serve para comprar medicamentos, roupas e máscaras especiais usadas diariamente para tratar as cicatrizes e combater as dores.

"Tive que me adaptar com a nova rotina. Uma rotina que eu não desejo para ninguém. De três a quatro vezes por semana, me encontro com médicos para poder encontrar meios de me recuperar. Tem sido dolorido dormir, me virar na cama, tomar banho. Eu não sei nem o que dizer. É duro também a minha aparência, andar na rua e ver que tem gente com o olhar fixo porque está achando você diferente", lamenta.

Claudimar conta que acompanha a investigação do caso e que não fez nada contra a suspeita. "Ela cometeu esse ato comigo sem eu nunca ter feito nada contra ela. Foi por motivo fútil, banal".

Mesmo ainda tentando se recuperar, a vendedora comemora os resultados obtidos em sua recuperação.

"Eu quero viver. Sinto saudade da minha vida, daquela equipe [do trabalho], daquela amizade que eu tinha. Graças a Deus, as minhas melhores amigas eu não perdi, elas estão do meu lado. Viver é tão bom. Agradeço a Deus por estar viva, por estar aqui hoje. Estou tendo conquistas. Depois do acidente, considero que renasci. Renasci e tenho uma nova vida", destaca. Com informações do G1.