.

A revista Veja publicou na madruga deste domingo (26) o direito de resposta concedido ao PT pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação à reportagem de capa da semanal desta semana. A matéria afirma que a presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula sabiam do esquema de corrupção da Petrobras. O ministro Admar Gonzaga, do TSE, concedeu na noite de sábado (25) o direito de resposta por considerar que a publicação não teve "qualquer cautela” e transmitiu a acusação de “forma ofensiva” e em “tom de certeza”. “Fácil perceber que a revista Veja desbordou do seu direito de bem informar para, de forma ofensiva e sem qualquer cautela, transmitir ao seu grande público, em tom de certeza, acusação de que Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva tinham ciência de fato criminoso sobre um dos badalados temas desta campanha presidencial”, afirmou na liminar.

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaçou a veracidade desse relato, uma vez que os depoimentos prestados por Yousseff foram acompanhados por Basto e/ou sua equipe, que jamais presenciaram conversas desse teor. Mesmo acatando a decisão judicial, a revista Veja criticou a concessão de direito de resposta e lamentou “a fragilidade que a submete, em período eleitoral, o preconceito constitucional da liberdade de expressão”.

Confira na íntegra a direito de resposta da coligação de Dilma Rousseff:

"A democracia brasileira assiste, mais uma vez, a setores que, às vésperas da manifestação da vontade soberana das urnas, tentam influenciar o processo eleitoral por meio de denúncias vazias, que não encontram qualquer respaldo na realidade, em desfavor do PT e de sua candidata. A Coligação "Com a Força do Povo" vem a público condenar essa atitude e reiterar que o texto repete o método adotado no primeiro turno, igualmente condenado pelos sete ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por terem sido apresentadas acusações sem provas. A publicação faz referência a um suposto depoimento de Alberto Youssef, no âmbito de um processo de delação premiada ainda em negociação, para tentar implicar a Presidenta Dilma Rousseff e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em ilicitudes. Ocorre que o próprio advogado do investigado, Antônio Figueiredo Basto, rechaça a veracidade desse relato, uma vez que todos os depoimentos prestados por Yousseff foram acompanhados por Basto e/ou por sua equipe, que jamais presenciaram conversas com esse teor."