De acordo com a entidade, os números apontam uma desaceleração no setor, com o segundo resultado negativo do ano (o primeiro foi em abril).

"Apenas duas das dez atividades que compõem o varejo tiveram variações positivas na série com ajuste sazonal: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação com 7,3% e Livros, jornais, revistas e papelaria com 1,6%", afirmou o IBGE em nota. Os setores que mais caíram foram Material de construção (-2,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-2,8%), Veículos e motos, partes e peças (-4,6%). Analistas ouvidos pela Reuters previam queda mês a mês de 0,05% e avanço anual de 7%.

Já com relação a agosto do ano passado houve alta de 6,2% nas vendas, com crescimento em todos os ramos de atividade. O destaque ficou com setor de Móveis e eletrodomésticos, que vendeu 16,9% a mais e representou quase metade da taxa de crescimento no período. Em seguida, aparece o segmento de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com variação de 3,7% no volume de vendas.

Em relação a julho, apenas dois dos 10 setores pesquisados tiveram aumento de vendas, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e Livros, jornais, revistas e papelaria. As principais quedas foram de veículos e motos, partes e peças (-4,6%), material de construção (-2%) e tecidos, vestuário e calçados (-2,8%).

"A atividade que sempre contribuiu com a maior participação da taxa global do varejo a cada mês vem perdendo essa liderança por apresentar, nos últimos meses, desempenho abaixo da média em função do comportamento dos preços dos alimentos, que vêm crescendo acima da média no período de 12 meses: 9,8% no Grupo Alimentação no Domicilio, contra 7,2% da inflação global, segundo o IPCA", diz a entidade.

O IBGE acrescentou que a receita nominal do comércio teve variação positiva de 0,3% mês a mês e alta ano a ano de 12,3%. No ano até agosto, as vendas do setor acumularam expansão de 7,2% e a receita, de 12,3%.

Com informações da Reuters.