A declaração de um tenente da Polícia Militar do município de Cruz das Almas sobre a morte de seus companheiros de farda gerou polêmica e ganhou repercussão nos últimos dias.

Em uma gravação de áudio compartilhada através do aplicativo WhatsApp, o policial que se identifica como Tenente Suzart da 27ª Companhia Independente da Polícia Militar fala com orgulho das ações realizadas pelo Pelotão de Emprego Tático Operacional (PETO), cujo está a frente e faz um desabafo sobre as mortes de policiais que ocorrem cotidianamente em confrontos com criminosos.

Na mensagem o subposto tenente afirma ainda que é “anormal policiais serem baleados” quando o correto seria o “bandido morrer”. O Policial ainda alfineta o Ministério Público e a Imprensa, ao dizer que os policiais devem gastar toda munição nos corpos dos bandidos, sem se importar com a posição dos mesmos.

Confira o desabafo na íntegra que foi publicado pelo site Voz da Bahia

Leia o desabafo na íntegra:

“Quero aqui de público, pode passar esse áudio para a Bahia toda e para o Brasil, externar o prazer que é comandar uma tropa como é a do Pelotão de Emprego Tático Operacional, popularmente chamada na região do recôncavo como Tático Móvel da 27ª. Essas guarnições, esse pelotão dá tesão a qualquer comandante sair por aí dizendo ‘eu comando o Tático Móvel’, é o orgulho da 27ª, é orgulho do recôncavo, é orgulho da Bahia comandar esse pelotão. Avante Guerreiros! Botou de frente, tá armado, levantou a arma, apontou, pau, pau e pau, descarrega tudo, depois a gente briga com o subtenente Erivelton e bota os cartuchos no lugar, porque ele fica ‘retado’ quando a gente gasta, mas é pra gastar mesmo e a partir de agora gastar botando no peito ou na cabeça, puxou a arma, atirou na gente é pau, arranca a cabeça. Deixa Ministério Público reclamar, deixa para o Juiz reclamar, deixa todo mundo reclamar, deixa a imprensa reclamar, mas nós não podemos é perder policiais mais, não podemos mais de maneira nenhuma, é anormal um policial ser baleado gente, pelo amor de Deus é anormal! O Ministério Público precisa entender isso, o Poder Judiciário tem que entender, é anormal eu sair para trabalhar, vocês saírem para trabalhar e nossas esposas, nossas famílias receberem a gente numa caixa de madeira, é anormal isso! Normal tem que ser o bandido morrer e não um policial, que se lasque todo mundo que não gostou do que eu estou falando. Quem está falando aqui e o tenente Suzart a dispor de quem quiser achar ruim”.

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