Manifestação de servidores públicos na frente da prefeitura de Camaçari. Foto: Maíra Lima.
Manifestação de servidores públicos na frente da prefeitura de Camaçari. Foto: Maíra Lima.

O que já não estava bom ficou ainda pior no município de Camaçari. Faltando exatamente 51 dias, para o término da gestão do prefeito Ademar Delgado (sem partido), o município apresenta vários sinais de que está à beira de um colapso. Na cidade que já foi reconhecida nacionalmente, por seu desenvolvimento econômico e estabilidade financeira, hoje o que se vê é um caos em todos os setores. Na rede pública nada funciona, nos últimos meses, serviços como educação, limpeza e saúde estão ainda mais prejudicados devido à má gestão.

Em meio à crise na área da saúde, onde não há médicos, a estrutura física das unidades é precária e falta até materiais básicos, o governo chegou a anunciar o fechamento de Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), mas voltou atrás, por conta da pressão popular.

Além da saúde pública, a educação do município também está falida, nos últimos meses, diversas reclamações foram feitas por pais e estudantes por conta da falta das aulas, as escolas estão sem manutenção, merenda, funcionários e sem segurança, ou seja, não há o mínimo do que se precisa para ter um ensino digno.

Nesta quinta-feira, 09, os professores da rede pública municipal, aprovaram durante assembleia, uma paralisação de três dias, dia 11 (em alusão a paralisação geral contra a PEC do teto), dia 10 e dia 14, onde ocorrerá uma nova assembleia. Ainda ontem, uma comissão (formada por pais de estudantes do distrito de Barra do Jacuípe), esteve no Ministério Público para denunciar o descaso com a escola Darcy Ribeiro, que também está sem aula.

Na manhã de hoje, duas manifestações ocorreram na cidade: uma no distrito de Monte Gordo e uma no Centro Administrativo. Em ambos os protestos, que foram realizados por alunos e professores, foram cobradas providenciais da gestão para resolver o que praticamente não tem mais solução, visto que, falta um mês, para o término de 2016 e o ano letivo foi completamente comprometido.

Outra crise também ocorre na limpeza do município, com três meses de salários atrasados – agosto, setembro e outubro – os caçambeiros que prestam serviço para a Limpeza Pública de Camaçari (Limpec) já realizaram manifestações durante a semana.

Por fim, outra greve que se arrasta há mais de seis meses, é a dos servidores públicos que consequentemente compromete o atendimento na maioria dos setores citados. No meio do caos, o prefeito não se manifesta e a população sem saber o que fazer e espera que bons ventos soprem sobre a cidade após tanto tempo de negligência.

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