O governador Rui Costa quer interligar a Região Metropolitana de Salvador (RMS) com uma malha ferroviária para o transporte de passageiros, que terá aproximadamente 140 quilômetros de extensão, com a integração entre o metrô (linhas 1 e 2), o trem do subúrbio (futuro Veículo Leve sobre Trilhos – VLT) e o trem metropolitano, o qual atravessa os municípios de Simões Filho, Dias D’Ávila, Candeias e Camaçari.

O vice-governador e secretário do Planejamento, João Leão, fez uma inspeção, no último dia 29, no trecho da Ferrovia Centro Atlântica (FCA), localizado entre Simões Filho e Dias D’Ávila. A comitiva que realizou a vistoria técnica foi integrada também por representantes da FCA, da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) e o prefeito de Camaçari, Ademar Delgado.

A viabilidade foi constatada por que a infraestrutura e as condições da malha ferroviária, atualmente usada pela FCA exclusivamente para o transporte de cargas, estão relativamente preservadas, necessitando de algumas intervenções para adequação. Entre as intervenções, será necessária a reconstrução do trecho ferroviário entre Mapele e Paripe, que fará a interligação entre o trem metropolitano e o futuro VLT, o qual, por sua vez, chegará à Av. França, no Comércio.

Com isso, estaria formado o modal ferroviário de passageiros da RMS, aproveitando a malha ferroviária existente, mas que se encontra ociosa. A ideia é que num curto espaço de tempo sejam feitas melhorias que permitam o uso de um trem experimental em Camaçari. O trem metropolitano é parte de um projeto mais amplo, do trem regional, resultado de um trabalho desenvolvido pela Escola Polítécnica da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O estudo, já aprovado pelo Ministério dos Transportes, concluiu pela viabilidade do projeto. O trem regional contempla a ligação Conceição de Feira (Feira de Santana)-Salvador-Alagoinhas.