O antropólogo e historiador, Alberto Albergaria, que morreu na sexta-feira (3), apresentava quadro de depressão, segundo amigos. O corpo do professor foi encontrado dentro da casa em que morava em um bairro da Cidade Baixa, em Salvador. O sepultamento acontece no domingo (5), às 11h, no cemitério Campo Santo, na Federação.

De acordo com informações do Correio, a delegada Marilena Lima, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que acompanhou a perícia, ainda não se sabe a causa da morte do antropólogo. Segundo ela, não há indícios de violência e foram encontrados no interior da casa algumas garrafas de uísque vazias e muitos medicamentos. Porém, a verdadeira causa da morte será revelada após resultado do exame de necropsia .

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Amigos lamentam a morte do antropólogo

Uma vizinha que não quis se identificar, disse que Albergaria estava bastante agitado na quinta-feira (2). Por conta dos problemas de locomoção, ele sempre precisava de ajuda com a cadeira de rodas, mas dessa vez dispensou o auxílio dos vizinhos. Polícia e Samu chegaram a ser chamados na tentativa de acalmar o professor.

Vários amigos lamentam a morte de Albergaria que era conhecido e admirado pela irreverência, alegria e inteligência. De acordo com o amigo por mais de 20 anos, Sérgio Macedo, último a ver o professor ainda com vida, a partida de Roberto deixará saudades. A secretária do lar do historiador há mais de 27 anos, Joana de Jesus, revelou que o patrão era bastante sozinho e não tinha aproximação com a família.

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Corpo de Albergaria foi encontrado na casa onde morava, na Cidade Baixa

Roberto Albergaria morreu aos 61 anos era hipertenso e fazia uso de remédios. O antropólogo era professor aposentado da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e ganhou popularidade por suas participações como comentarista de assuntos do cotidiano baiano na Rádio Metrópole, onde atuou por 15 anos

A morte de Albergaria consternou diversos intelectuais, pesquisadores, comunicadores, artistas, políticos e personalidades baianas. Nas redes sociais do professor, admiradores também se lamentaram o ocorrido. “A Cidade Baixa vai dormir hoje mais triste, careta, burra e sem graça. Roberto Albergaria já nos faz muita falta. O Velho Manco da Ribeira foi ao encontro de suas Padilhas…”, postou o admirador Everaldo Neto.