A obra que era realizada no local em que ocorreu o desabamento de parte da estrutura do Centro de Convenções, na sexta-feira (23), era irregular.

Segundo informações divulgadas através do jornal Correio, a reforma do primeiro e segundo andares, com instalação de tirantes de sustentação entre os pavimentos, não tinha autorização da Secretaria Municipal de Urbanismo (Sucom).

“Essas reformas não foram objeto de licenciamento da Sucom. Qualquer obra tem que ter nossa autorização. Nem o estado, nem a empresa responsável nos solicitou alvará”, apontou Sérgio Guanabara, secretário da Sucom. “Isso é muito grave. Uma obra pública desse porte estava irregular. Deu no que deu”, reforçou.

A Sucom informou ainda que, desde meados de 2015, o Centro de Convenções está interditado pelo órgão, que determinou a evacuação do prédio, o que foi objeto de recomendação do Ministério Público na época. Sobre a falta de alvará, a Secretaria estadual da Comunicação (Secom) não enviou explicações.

Ontem, o autor do projeto estrutural do Centro de Convenções, na década de 1970, o engenheiro civil Carlos Emílio Meneses Strauch, disse que houve demora no início das obras daquela etapa da reforma. Ele confirmou que o projeto de reforço da estrutura, também de sua autoria, estava pronto desde o ano passado.
Ontem à noite terminou o prazo de 72 horas dado pelo governo para que a estrutura do prédio se estabilizasse e fosse iniciada a perícia. O Departamento de Polícia Técnica informou que peritos visitarão o local hoje para acompanhar nova análise do Corpo de Bombeiros na área que cedeu. Se for atestado que o local não oferece riscos, a perícia será iniciada.

Parte do teto do Centro de Convenções desaba.
Parte do teto do Centro de Convenções desaba.
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