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A atriz Alexia Dechamps divulgou um vídeo em sua rede social nesta quinta-feira (27), para pedir desculpas aos nordestinos.

A polêmica começou quando o deputado federal Pedro Vilela (PSDB-AL) denunciou, em Plenário, o ato preconceituoso da atriz que teria declarado: “Calem a boca, que eu já pago Bolsa Família para o Nordeste”.

Alexia explicou no desabafo que não disse a palavra ‘nordestinos’ e que jamais desejou ofender um povo que gosta e admira.

“Está rolando uma polêmica e a história não está contada do jeito que foi. Eu jamais disse a palavra ‘nordestinos’, jamais quis ofender um povo que eu gosto, admiro e sou agradecida. E o que rolou foi totalmente ao contrário. Eu estava preocupada e dando ao deputado, dentro da agressividade, mesmo com ele muito agressivo comigo, o cenário do Plenário muito agressivo com a gente, eu disse: ‘Olha, tem pesca, tem turismo, tem Bolsa Família”.

Alexia enfatizou que o programa Bolsa Família é válido e um acerto do governo passado. E continuou: “‘Acho que os nossos impostos estão aí para ajudar a quem precisa’. Foi isso que eu disse a ele. Foi obviamente mal interpretado, pejorativamente. Peço desculpas por este mal entendido com os nordestinos. A palavra ‘nordestino’ nunca saiu da minha boca. Não existe um vídeo mostrando isso. Para finalizar, a atriz revelou que tem uma madrinha que é do Ceará.

Vídeo:

A atriz ainda publicou uma nota de repúdio ao deputado Pedro Vilela: “Eu, Alexia Dechamps, repudio a atitude do deputado Pedro Vilela, do PSDB alagoano, de atribuir a mim palavras desrespeitosas contra o povo nordestino durante audiência pública sobre a regulamentação da vaquejada. Mais do que isso, abomino sua postura oportunista de aproveitar-se de um falso embate com uma pessoa pública, atriz profissional, para conseguir mídia fácil e destacar-se diante de seu eleitorado. O parlamentar, além de deturpar minhas palavras, me ofendeu, tentou humilhar e constranger, chegando a dirigir-se ao plenário da Câmara pedir que a Procuradoria da Casa me processe. Não sabe o Sr. Deputado que não me curvo a ameaças, que o tempo de mulheres indefesas e submissas é passado e que antes que siga com sua infâmia eu o estarei chamando a prestar contas de suas palavras perante os tribunais.

No intenso debate que acontecia entre os que defendiam a vaquejada como atividade econômica, geradora de empregos, e os que, como eu, afirmávamos que nenhum trabalho pode se basear em maus tratos a animais indefesos, defendi que o correto seria buscar alternativas econômicas para os vaqueiros que vivem da vaquejada. Se é uma cultura regional, que se mude a cultura, da mesma forma que se deve abandonar a prática das touradas na Espanha. Nada, absolutamente nada, justifica a violência contra animais ou seres humanos.

Disse ainda que no Nordeste, de onde provinha a maior parte dos vaqueiros lá presentes, existem outras atividades como pesca, turismo e lavoura, além do Bolsa Família, que poderia amparar os mais necessitados. Lembrei que a região é que mais tem inscritos no programa do governo federal. Se o auxílio existe, sustentado pelos impostos que eu e todos os brasileiros pagamos, para socorrer pessoas sem renda suficiente, deve ser utilizado para casos extremos como o que discutíamos.

A deturpação dos meus argumentos, como se vê, é vil. Espero que a exposição do caso sirva para desmascarar este tipo de ardil, mostrando aos eleitores do parlamentar quem ele realmente é, em lugar da imagem que gostaria de ver estampada nos jornais. A verdade costuma ser severa com quem manipula fatos e agride semelhantes para conquistar objetivos mesquinhos.

Vim para Brasília para defender a Constituição do meu país, defender a interpretação do Supremo Tribunal Federal contra as vaquejadas e as minhas convicções. É disso que eu vivo. É isso que sou.”

Reveja denúncia do deputado:

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