A cidade de Simões Filho, localizada na Região Metropolitana de Salvador (RMS), comemora seu aniversário de 61 anos de emancipação política nesta segunda-feira (7). Foi nesta data, décadas atrás, que o então distrito soteropolitano de Água Comprida se tornou um município independente, levando em seu nome uma homenagem ao jornalista e político Ernesto Simões Filho.

Visto que este evento de 1961 surgiu a partir de um apelo popular, nada mais justo que dar voz aos membros das comunidades, que celebram a conquista dos emancipadores e almejam novas conquistas para o futuro da cidade.

A historiadora Cláudia Lopes, do bairro do Cobocó, nutre um forte laço de afetividade com Simões Filho e se dedica a estudar seu passado. Ela destaca que a Emancipação trouxe maior liberdade geográfica e política para a região.

“A partir da Emancipação acontece a construção de ruas, requalificação de bairros e a instalação do Centro Industrial de Aratu, que vai trazer muita gente pra cá”, afirma. “A cidade ainda é muito nova e está num processo de reconstrução, uma reconstrução identitária também”, a historiadora pontua.

Para o futuro, ela espera que mais possibilidades sejam exploradas na cidade, promovendo benefícios para sua população. “Simões Filho é uma cidade que tem um potencial enorme, potencial histórico, social, habitacional, turístico e ambiental, que muitos ainda não conhecem. O que eu desejo são possibilidades para os moradores”, Cláudia Lopes diz.

O Bahia No Ar também ouviu o artista visual Augusto Leal, criador da exposição “Arte Comprida”. Nascido e criado aqui, ele conta que sua família é basicamente toda do Ponto Parada. “Criamos uma relação de pertencimento muito forte com esse lugar. E com isso, vem também o desejo de ver a cidade cada dia mais próspera, humana e feliz”, ressalta.

Seu principal objetivo hoje é contribuir para a construção de uma autoestima coletiva através da arte, levando o nome da cidade por onde passa e destacando sua origem. No entanto, Augusto compreende que sua atuação é limitada, por isso, chama atenção para a importância de o poder público instalar equipamentos como centros culturais, museus e teatros em Simões Filho.

“Em um futuro imediato, eu desejaria isso: equipamentos culturais, acessíveis, junto com uma política cultural de fomento à produção local. Desejo também uma universidade pública, um campus da UFBA ou da UNEB aqui na cidade”, são alguns dos itens que o simõesfilhense aponta como indispensáveis neste momento.

Quem também tem uma história de longa data com a cidade é o feirante José Antônio Santos. Ele nasceu em Feira de Santana, mas viu em Simões Filho o lugar ideal para construir sua família, vindo para cá há mais de 30 anos. “Hoje vivo na Pitanguinha, trabalho na minha Ceasa e não troco esse lugar por nada“, ele declara.

Bairro da Pitanguinha – Foto: Reprodução.

Impactado pela crise econômica dos últimos anos, o feirante vê um horizonte positivo para o país e para o município. “No aniversário da nossa cidade eu desejo mais segurança e tenho fé que, com a mudança do governo federal, venha mais emprego e oportunidades para o povo”, José conclui, esperançoso.

 

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