Uma mulher de Minas Gerais se queixa de ter perdido a guarda da filha adolescente depois de levá-la a um culto de Umbanda, apontando racismo religioso por parte do Conselho Tutelar.
Segundo o Metrópoles, a menina de 14 anos de idade teria problemas neurológicos e estava frequentando um centro de religião afro-brasileira desde o começo do ano, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Em razão de sua condição neurológica, ela teria desmaiado na escola. Sua mãe então foi hostilizada pela coordenação do centro de ensino. “Me disseram ‘olha bem o que você está fazendo com a sua filha’”, conta.
O Conselho Tutelar teria sido acionado pela própria direção da escola e, depois de denúncia feita ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), a mulher perdeu a guarda da adolescente, que passou as última semanas em um centro de acolhimento e agora está na casa da irmã mais velha.
O caso é acompanhado pelo coordenador do Instituto de Defesa dos Direitos das Religiões Afro-Brasileiras (Idafro), Hélio Silva Jr. Este diz que a situação desrespeita a lei, por não ter havido esforços para manter a filha com sua responsável.