A deputada estadual Kátia Oliveira (União Brasil), pré-candidata à reeleição, criticou nesta terça-feira (21) o governador Rui Costa (PT) por agir com o que chamou de “má vontade” diante das demandas apresentadas por ela ao longo do seu primeiro mandato na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).
Em entrevista ao programa Linha Quente, do grupo Bahia no Ar, a parlamentar defendeu a eleição do correligionário ACM Neto (União Brasil) ao Palácio de Ondina e atacou a gestão estadual nas áreas de saúde, segurança pública e educação. Ela afirmou que, por ser oposição, uma série de proposições suas foram ignoradas pelo chefe do Executivo. Em maio, Kátia deixou o MDB, pelo qual foi eleita em 2018, após a sigla migrar para a base de Rui Costa.
Segundo a deputada, entre suas principais defesas a favor da Região Metropolitana (RMS) estão a busca de investimentos nos polos industriais de Candeias e Camaçari, além de ações de infraestrutura, como abastecimento de água em Simões Filho, de onde é a primeira-dama.
“Tem comunidades que não têm água. [O governo] começou o processo de ampliação de rede de abastecimento, mas não avançou. É uma celeuma terrível. A gente vê uma má vontade de dar à população aquilo que é um bem básico, que é a água potável”, declarou a primeira-dama.
Em relação às ações para melhorias na segurança, a deputada disse já ter reivindicado intervenções na iluminação pública do CIA (Centro Industrial de Aratu), local que classificou de “ponto de desova” devido à “escuridão.
“Temos uma polícia desarmada em um embate desigual com a criminalidade. Há falta de incentivo, de estímulo. Falta uma política série voltada para os policiais, que estão na linha de frente, e aos cidadãos de bem”, afirmou. Para ela, a questão da segurança perpassa por investimentos na educação, já que a Bahia vem piorando seus indicadores.
SAÚDE COMO PRIORIDADE
Na entrevista, Kátia Oliveira também disse lamentar o possível fechamento de leitos estaduais e o gargalo da fila de regulação. “É a fila da morte. Quantas pessoas acabaram vindo a óbito nessa fila de regulação?”, questionou ao apontar que a saúde deveria ser vista com prioridade.
A deputada afirmou que o possível fechamento do Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas, deve agravar o problema.
“É um absurdo saber que o governo fechou 3.096 leitos em dez anos. Por isso, o caos na saúde. Abriu o Hospital Metropolitano, mas vai transformar o Menandro em maternidade. Com isso, vaõ diminuindo os leitos do SUS na rede estadual de saúde”, disse.
De acordo com a parlamentar, o transporte público da RMS é outro setor que necessita de apoio do governo estadual.