O presidente Jair Bolsonaro (PL) estava nos Estados Unidos com o ministro da Justiça, Anderson Torres, quando, segundo Milton Ribeiro, telefonou para avisar sobre um “pressentimento” de que haveria uma operação da Polícia Federal contra o ex-ministro da Educação. A informação foi revelada pelo jornal Folha de S. Paulo.
Como titular da Justiça, Torres tem sob a aba do seu ministério a PF, responsável pela operação Acesso Pago, que prendeu e fez busca e apreensão em endereços de Ribeiro e pastores citados em irregularidades na liberação de verbas do MEC (Ministério da Educação).
O atual diretor-geral da PF é Márcio Nunes, amigo de Torres. Ele ocupava o cargo de secretário-executivo da Justiça antes de ser nomeado como chefe do órgão.
A Folha apurou que a ida de Torres na comitiva com Bolsonaro foi decidida de última hora e que, a princípio, não havia previsão para o ministro acompanhar o presidente na Cúpula das Américas.
Procurado, o ministro da Justiça não respondeu.
O suposto vazamento da operação e a suspeita de interferência de Bolsonaro na investigação resultaram em pedido do MPF (Ministério Público Federal) para que o caso fosse enviado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
A solicitação foi aceita pelo juiz Renato Borelli, da 15ª Vara Federal de Brasília, que encaminhou o inquérito para a ministra Cármen Lúcia, do Supremo.
Em sua decisão, o magistrado citou que o MPF apontou o “indício de vazamento da operação policial e possível interferência ilícita por parte do presidente da República Jair Messias Bolsonaro nas investigações”.
Bandido defendendo bandido tem que exonerar esse chefe da PF
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