O prefeito de Camaçari, Elinaldo Araújo (União Brasil), afirmou nesta quarta-feira (14) que vê uma “indefinição nacional” em relação à disputa pela Presidência e um cenário de “guerra” entre os três principais pré-candidatos ao posto —Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL), que concorre à reeleição, e Ciro Gomes (PDT).
“Eu tenho feito avaliações políticas de cada candidato, e a gente percebe ainda essa indecisão nacional. Nacional em relação a essa questão de presidente. Temos ainda 80 dias pra ver se acaba essa confusão. Se acaba essa crise de um querer ser melhor que o outro e apresente uma proposta para o país. Essa eleição a nível nacional está sendo uma eleição de afrontos, de guerra. Às vezes, se discute quem é mais honesto ou quem roubou mais e quem roubou menos”, declarou Elinaldo em entrevista ao programa Largando o Doce, do grupo Bahia no Ar.
Em sua avaliação, de modo geral, nenhum dos partidos dos presidenciáveis tem apresentado propostas de interesse do país. “A gente vê os três principais candidatos: um na defesa e os outros, no ataque. Eu acho que não é isso que o país quer. O país quer uma proposta para o país. Espero que esse desenho seja esclarecido agora e que a população escolha o melhor candidato”, reiterou o prefeito.
Elinaldo disse que, diferentemente da questão nacional, vê um crescimento de ACM Neto (União Brasil) como pré-candidato ao governo da Bahia. E atribui o desempenho do aliado ao que chamou de “comodismo” da atual gestão estadual, sob o comando de Rui Costa (PT).
“Aqui, no estado, eu acho que o povo já decidiu que o governo que está aí está numa linha de conforto, está no comodismo e que a Bahia está boa. Que esse modelo de regulação do Estado está bem. Perder a Ford está bem. Que a segurança pública está boa. Mesmo o Ideb [Índice de Desenvolvimento da Educação Básica] no estado sendo o pior, eles acham que isso está bom e querem defender isso. Acho que o momento é de assumir e apresentar uma nova proposta para o Estado”, disse o prefeito de Camaçari.