O pré-candidato a governador ACM Neto (União Brasil) cobrou reação do atual chefe do Executivo estadual, Rui Costa (PT) diante de “casos estarrecedores” de violência na Bahia, a exemplo do assassinato da estudante Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, na manhã desta terça-feira (2), em Salvador.

A adolescente foi morta com um tiro no peito após ser assaltada em frente ao Palácio da Aclamação, no bairro do Campo Grande. Ela estava com uniforme escolar, na companhia da mãe e da irmã de 12 anos, quando foi abordada por duas mulheres. A dupla, que foi identificada, está sendo procurada.

Para o ex-prefeito de Salvador, os episódios como o que vitimou Cristal vêm se acumulando sem qualquer providência do governo do Estado.

“Queria, antes de tudo, prestar a minha inteira solidariedade a essa família e dizer da minha tristeza de ver uma criança morrendo. Eu sou pai, tenho uma filha de 15 anos também e fico imaginando a dor e o sofrimento que essa família está passando agora. Não há mais nada nessa vida que possa reparar a perda que essa família teve hoje”, lamentou ACM Neto em entrevista à Rádio Sociedade.

“Essa menina morreu pertinho do Quartel dos Aflitos, ou seja, ao lado da sede do Comando-Geral da Polícia Militar da Bahia, debaixo dos olhos das autoridades de segurança pública. Quer dizer: nem ao lado do Quartel dos Aflitos nós temos mais uma área segura em Salvador”, acrescentou.

Segundo o pré-candidato, a violência avança sem qualquer reação de Rui Costa. “O governador não pode simplesmente acompanhar a distância o que está acontecendo. Ele tem que se envolver diretamente. O comandante-geral da Polícia Militar, o delegado-chefe da Polícia Civil e o secretário de Segurança Pública [Ricardo Mandarino] respondem diretamente ao governador”, criticou.

De acordo com ACM Neto, o governador tem que se envolver nas providência e tomar essa responsabilidade. “É papel dele também articular, por exemplo, com o Ministério Público, com a Defensoria Pública, com a Ordem dos Advogados, com o Poder Judiciário e mostrar que não adianta a polícia de um lado prender e a justiça do outro lado soltar”, reiterou.

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