O que era pra ser um momento de muitas alegrias acabou se tornando um pesadelo para a família de Jamile Vieira Santana, atendente de telemarketing, de 29 anos, e seu marido Carlos Henrique. O casal esperou por nove meses pelos filhos gêmeos, que, segundo eles, a morte de um deles foi por negligência da Maternidade Albert Sabin, em Cajazeiras, Salvador.
Em conversa exclusiva com o Bahia No Ar o companheiro de Jamile contou que na madrugada do dia 2 de fevereiro deste ano a jovem sentiu que estava perdendo um líquido e se dirigiu para a maternidade, onde havia feito todo o seu pré-natal. Lá fizeram exames e informaram que estava tudo bem com os bebês.
Carlos conta que foram muitas horas de espera. O casal chegou à maternidade por volta das 5h da manhã e a gestante só foi atendida ao meio dia. No momento que os profissionais retornaram para novos exames foi constatado que uma das crianças não estava bem. “Foi pela demora do atendimento que meu filho não resistiu”, disse Carlos chorando e ainda muito abalado.
A jovem esperou por muitas horas no corredor da unidade hospitalar. “Além das dores ela sentia muito medo e insegurança porque eu não pude entrar com ela”, contou o pai dos bebês. Segundo ele, mesmo depois de esperar horas para entrar na sala de parto a espera ainda foi longa. “Ela entrou, mas não foi rápido, a espera continuou. Acho que estavam arrumando a sala, demorou demais”, lamentou.
Carlos contou que o primeiro filho nasceu bem, mas, de acordo com ele que estava no momento do parto, o segundo bebê foi puxado com um ferro e já saiu sem sinais vitais e muito machucado. “Eles usaram um ferro pra puxar meu filho, eu vi na hora, ele saiu com o rostinho todo lascado”, lastimou revoltado.
Com um forte sentimento de revolta a família pede que o caso seja investigado e clama por justiça pela maneira que perderam um de seus filhos. Eles prestaram queixa na Polícia Civil de Cajazeiras e aguardam o resultado dos laudos do Instituto Médico Legal (IML).
Até o fechamento dessa matéria a Polícia Civil não havia informado novas atualizações sobre o caso. A equipe Bahia No Ar não conseguiu contato com a Maternidade Albert Sabin.
VEJA ABAIXO A NOTA DA POLÍCIA CIVIL
O caso está sendo apurado pela 13ª DT/Cajazeiras, que aguardava os laudos periciais para dar seguimento ao procedimento. Oitivas serão realizadas e o resultado pericial analisado, para esclarecer o ocorrido.