Os padres e membros da Paróquia Nossa Senhora do Desterro, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, desde que informaram que não se posicionariam sobre política, vêm sofreram retaliações por parte de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Colaboradores da igreja contam foram procurados no sábado (22), por um deputado e seu segurança para apoiarem um ato pró-Bolsonaro que aconteceria no local cinco dias depois. Mas, por por optarem ficar neutros por orientação da Arquidiocese do Estado, começaram a ser intimidados pelos homens. “É para o presidente, ele vai saber”, disse um deles.
Na quinta-feira (27), dia do evento, os organizadores do encontro teriam retirado as grades da paróquia para montarem o palco, sem a autorização do padre e da prefeitura. Eles também teria cortado árvores do local. “Notamos alguns carros estranhos rondando a igreja e suspendemos nossas atividades”, disse o padre João Lucas.
Por conta da intimidação e como medida de segurança, a paróquia preferiu suspender atividades cotidianas como as missas diárias e um café da manhã que disponibilizavam para os mais necessitados.