O Diretor de Futebol Alexandre Faria se despediu do Bahia na tarde desta Terça- Feira, 17, em entrevista coletiva no Fazendão. O dirigente falou sobre diversos assuntos e explicou o trabalho desenvolvido durante a temporada.
“Entendo o futebol como funciona as coisas. Muitas coisas foram conquistadas e muita coisa foi conquistada no campo administrativo porque o futebol proporcionou isso também. Tínhamos uma premissa básica que era respeitar o orçamento que nos foi passado. Trabalhamos com muita austeridade nisso, sempre contratamos com o orçamento que a gente tinha. A gente recebe a responsabilidade por ser diretor de futebol, mas sempre trabalhamos de uma forma muito coletiva no Bahia”, disse.
Para Faria, os resultados negativos nas partidas contra o Santa Cruz , ABC/RN e Boa Esporte/MG foram decisivas para a permanência do Bahia na série B. “Estávamos a três rodadas atrás dentro do G-4, faltando cinco partidas para acabar a competição, com três partidas em casa, duas delas contra equipes rebaixadas. Então, na reta final, o time, não o clube, deixou a desejar e não conseguimos o acesso. Esses três jogos acho que faltou um pouco mais de atitude individual, quanto ao momento de decidir as partidas”, completou.
Sobre um possível problema de relacionado do elenco tricolor com os técnicos Sérgio Soares e Charles Fabian, Faria descartou. “Errar e acertar, isso acontece sempre. Esse potencial de acerto vai a partir do momento em que você estrutura o trabalho. As pessoas vinculam a função de diretor de futebol às contratações. Essa é uma das funções, é importante. O nosso trabalho aqui era estruturar o Bahia e hoje o Bahia é um clube estruturado. Estamos com uma estrutura de trabalho que permite ser mais acertivos na montagem do elenco e estamos com um orçamento para 2016 maior do que 2015. Então nesse ponto, o Bahia está se preparando para ser mais acertivo nos próximos anos”, explicou.
O volante paraguaio Wilson Pittoni também foi assunto na entrevista. Alexandre Faria reiterou que em nenhum momento houve orientação para não escalar o atleta. “Faço minhas as palavras do presidente Marcelo Sant’ana sobre o caso. Pittoni é um atleta que a gente adora como pessoa, é um rapaz espetacular, teve um primeiro semestre excepcional. Fizemos uma proposta de renovação com os mesmos moldes atuais, que é boa, pagando uma dívida antiga, o empresário fez um pedido acima, nada de absurdo também, não chegamos a um acordo naquele momento e foi só isso. Escalar ou não escalar o atleta é uma premissa do treinador”, encerrou.
