Familiares do paciente Manoel da Silva Santos, que teve morte cerebral no domingo (06), no Hospital Geral de Camaçari (HGC), acusam a unidade médica de descaso no processo de doação de órgãos. Conforme já foi divulgado, anteriormente, Manoel deu entrada no HGC, na quinta-feira (03), após ser baleado no olho em um assalto, ocorrido no bairro Parque das Mangabas.
Gravemente ferido o paciente foi encaminhado para unidade médica, onde não resistiu aos ferimentos e teve a morte cerebral confirmada. Após receber a notícia, a família decidiu doar os órgãos do paciente, visto que era saudável, não possuía nenhum vício.
Em contato com a reportagem do portal Bahia No Ar, uma sobrinha da vítima afirmou que o HGC foi negligente e não se empenhou junto a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) para fornecer a documentação necessária para doação. “Um protocolo foi emitido para dar entrada, mas devido à demora e falta de interesse do hospital o processo foi abortado, pois exames indicaram alteração, e alguns órgãos já estão comprometidos”, explica Mabian Araújo.
Na manhã desta quarta-feira (09), o hospital reabriu o protocolo e novos exames serão realizados para identificar os órgãos que não foram comprometidos e que serão doados. “Não conseguiram salvar a vida do meu tio, mas decidimos salvar a vida de outras pessoas que esperam há muito tempo na fila de doação”, frisa Mabian.
Manoel é natural de Santaluz, município situado no interior da Bahia e residia em Camaçari, onde trabalhava na empresa Contruterra, responsável pela terraplanagem do canteiro, localizado na Estrada da Cetrel.