Após reunião com moradores de Lagoa Seca, localidade do distrito de Monte Gordo, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec) de Camaçari, fez a interdição total da ponte da Barragem Santa Helena, localizada na divisa entre Camaçari e Dias d’Ávila. O bloqueio do acesso ao equipamento, que aconteceu nesta quarta-feira (22/11), se fez necessário em virtude do processo avançado de corrosão da estrutura metálica de sustentação e para garantir a segurança de quem trafega pelo local.
O coordenador da Defesa Civil, Ivanaldo Soares, explicou que a via é de responsabilidade da administração pública do Estado da Bahia e, que desde 2019, quando ocorreu o primeiro impedimento de acesso de pessoas e veículos na ponte, devido aos mesmos problemas estruturantes. “Na época, interditamos o equipamento e protocolamos um relatório junto à Secretaria de Infraestrutura do Estado, para que fizessem a recuperação ou demolição, porém não aconteceu”, esclareceu.
Conforme explicou o coordenador da Defesa Civil, com o passar do tempo, a população que utiliza o equipamento como via de tráfego, retirou o material que foi usado para obstrução da passagem e voltou a circular pelo local, porém o risco de desabamento continua. “A população retira o bloqueio, porque não tem noção do perigo iminente. Cerca de duas mil pessoas, vindas de localidade pertencentes aos dois municípios, trafegam pelo local diariamente, além de caçambas carregadas de areia, ônibus e outros veículos”, destacou Ivanaldo, lembrando também que a Via Atlântica, mais conhecida como Estrada da Cetrel (BA-530), é a opção de acesso alternativo.
A interdição do equipamento acontece a partir de uma operação integrada, que envolve também a Secretaria da Infraestrutura (Seinfra) e a Superintendência de Trânsito e Transporte Público (STT) de Camaçari. “A STT forneceu os blocos de concreto, conhecidos como gelo-baiano, que utilizamos para fechar os dois acessos da ponte, e a Seinfra disponibilizou as máquinas que transportaram esses artefatos, além de outros materiais”, comentou o coordenador.
Também, de acordo com informações da Defesa Civil, a interdição da ponte, que foi construída no ano de 1932, acontece por tempo indeterminado, até que os órgãos estaduais tomem as providências necessárias para que o tráfego seja liberado. “Temos compromisso com a integridade física das pessoas e, para evitar que uma tragédia aconteça, interditamos este local. Estamos cientes que isso vai dificultar para quem depende deste translado, mas até que as autoridades competentes resolvam os problemas estruturantes do equipamento, não podemos ignorar os riscos, aos quais as pessoas estão expostas”, finalizou Ivanaldo.
Após a interdição da ponte, a Defesa Civil encaminhará um novo relatório técnico com informações sobre as atuais condições do local, através do qual solicitará, junto ao órgão estadual responsável, que se tomem as medidas necessárias para reativação do equipamento, onde o fluxo de veículos aumentou significativamente, após bloqueio da ponte localizada na rodovia BA-512, que liga o distrito de Monte Gordo à comunidade de Jordão, onde atualmente acontecem obras de recuperação do equipamento.