O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) decidiu que o policial militar (PM) João Wagner Madureira, suspeito de matar a jovem Fernanda Santos Pereira, de 23 anos, a tiros, num posto de gasolina, em Ilhéus, no extremo sul da Bahia, vai responder por homicídio qualificado. A denúncia é do Ministério Público da Bahia (MP-BA).
A partir desta terça-feira (6), o PM tem 10 dias para apresentar resposta por meio de advogado ou da Defensoria Pública.
No momento, o PM está preso no Centro de Custódia Provisória da Polícia Militar, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, cumprindo o mandado de prisão preventiva decretada, no dia 18 de janeiro, uma semana depois do crime.
Relembre
As câmeras de segurança de um posto de combustível registraram o momento do crime no dia 11 de janeiro. Nas imagens, é possível ver Fernanda Pereira abaixada e João Wagner se aproximar. O PM já estava com a arma em punho e agride a garota com chutes. Os dois começam a discutir e a jovem chega a estapear o homem. Ele revida e começa a agredi-la. Em seguida, o suspeito consegue imobilizar a vítima e disparar contra ela à queima roupa.
A jovem chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos.
Após três dias do crime, o PM se apresentou a justiça. Na delegacia ele prestou depoimento e foi liberado, já que o prazo para prisão em flagrante havia encerrado. Na versão do PM, ele disse que o tiro tinha sido acidental.
As investigações transcorreram com o indicativo da motivação do crime é de ato fútil. De acordo com o delegado Helder Carvalhal, a ação criminosa foi a disputa pela chave de um apartamento.
“Nós verificamos que não há um disparo acidental. O que nós percebemos, de acordo com as imagens, depoimentos colhidos, testemunhas ouvidas… Houve o acionamento do gatilho da arma e, por essa razão, a Polícia Civil entende que houve a prática de um crime de homicídio”, afirmou o delegado.