A sessão da Assembleia Legislativa na última quinta-feira (21) virou palco de denúncia de assédio sexual envolvendo a empresa Águia Branca. O deputado estadual Samuel Júnior usou a tribuna para relatar sobre o caso, que ocorreu no sul baiano, durante uma viagem.
O crime aconteceu no dia 16, com a esposa de um pastor da Igreja Assembleia de Deus, que realizou uma palestra na cidade de Ituberá e, após finalizar, viajou com destino a Eunápolis. Durante o trajeto, a vítima acabou dormindo e, ao acordar, se deparou com um homem em cima dela, a agarrando.
De prontidão, ela reagiu aos gritos e foi amparada por outros passageiros. No entanto o motorista tomou uma atitude vista como inaceitável, ao convidar a vítima a descer do ônibus e não o criminoso, pois segundo ele, estaria atrapalhando a sua viagem.
“Vejam vocês, colegas, a mulher que foi vítima de um assédio tinha que descer do ônibus em Travessão [localidade de Camamu] à noite! O motorista da Águia Branca disse que isso era ‘normal’ e ela ‘não tinha o que fazer’. Que atitude é essa?”, indagou Samuel Júnior ao falar.
Ainda sobre o caso, o parlamentar disse que a vítima teve que descer na cidade de Ibirapitanga, após insistência do condutor do veículo. O responsável pelo ato saiu ileso em meio a esta atitude tomada pelo funcionário.
“Queremos resposta da Águia Branca. Esse homem representa os princípios da empresa? Houve uma omissão grave em meio a um crime que todos no ônibus viram e nada será feito? Não aceitaremos”, finalizou.
Até o fechamento desta matéria, a empresa de transportes não se pronunciou sobre as acusações manifestadas pelo deputado na Assembleia.