A Polícia Federal realizou neste domingo (24) a Operação Murder Inc., no interesse da investigação que apura os homicídios da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
Estão sendo cumpridos três mandados de prisão preventiva no Rio de Janeiro, por suspeita de terem ordenado o assassinato da parlamentar, são eles: o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão; o deputado federal Chiquinho Brazão (UB-RJ); e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.
Além disso, 12 mandados de busca e apreensão, também no Rio, foram expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta manhã. A ação conta com a participação da Procuradoria-Geral da República e do Ministério Público Estadual.
A operação aconteceu graças a uma delação premiada feita por Ronnie Lessa, apontado como o executor do crime no dia 14 de março de 2018, e que está preso desde então. As informações privilegiadas foram homologadas pelo STF, que a partir de então está sendo responsável pela apuração, por ter um parlamentar federal, como foro privilegiado, como um dos envolvidos.
Domingos já havia sido apontado anteriormente, em janeiro, pelo assassino de Marielle e Anderson. Agora, as investigações prosseguem e, de acordo com o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski, é esperado que haja uma conclusão em breve.
A motivação do crime ainda continua sendo uma dúvida, mas segundo as informações obtidas, a execução pode ter vindo a acontecer por conta da briga sobre a expansão territorial da milícia no Rio.
A ação conta ainda com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Civil do Rio de Janeiro e da Secretaria Nacional de Políticas Penais, do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e tem como alvos os autores intelectuais dos crimes de homicídio, de acordo com a investigação. Também são apurados os crimes de organização criminosa e obstrução de justiça.
Se a PF continuar investigando vai encontrar digitais do Bostanaro