A Maternidade Regional de Camaçari está, mais uma vez, sendo acusada de negligência e violência obstétrica após uma recém-nascida morrer e outro bebê ter a perna quebrada durante o parto.

1º CASO 

Um bebê teve a perna quebrada durante o parto na Maternidade Regional de Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS), cerca de oito dias atrás.

A mãe é uma adolescente de 16 anos, que continua internada na unidade. Segundo informações da família, a gestante deu entrada com a bolsa rompida, mas o bebê estava sentado.

O último ultrassom feito pela jovem foi em 13 de março, e o exame foi apresentado na unidade. A família acreditava que, diante desse fato, que a equipe não cogitaria fazer um parto normal.

No entanto, enfermeiras pediram para que a gestante aguardasse, pois “não existe parto sem dor”.

A equipe médica só começou a fazer o procedimento cesário após perceber que poderia acontecer um parto pélvico. Durante o nascimento, o fêmur do bebê foi quebrado. A família está cobrando um posicionamento da unidade.

2º CASO 

Uma bebê morreu neste fim de semana na Maternidade de Camaçari. De acordo com a mulher que estava gestante, ela deu entrada na unidade na noite da última quinta-feira (11) e a bolsa rompeu logo depois.

A paciente gritava de dor e pedia para fazer uma cesariana, mas seu apelo foi ignorado pela equipe médica. A mulher foi submetida a soro para aumentar a dor e forçar o parto normal.

No entanto, com a demora no nascimento, a bebê defecou ainda na barriga e chegou a engolir as próprias fezes. Os enfermeiros limparam a criança e a entregaram à mãe. Até então, a bebê estava aparentemente bem.

Momentos depois, a mãe percebeu que sua filha estava ficando roxa. Ela contou que teve dificuldades para entender o que estava acontecendo, até que soube que a criança contraiu uma infecção no pulmão. A bebê não resistiu e veio a óbito.

Até a manhã desta segunda-feira (15), o corpo ainda não tinha sido liberado pela unidade. “Se eles tivessem me ouvido e feito cesariana, minha filha não teria partido”, desabafou a mãe.

As famílias cobram posicionamento da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab).
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Em dezembro de 2023, outra família também denunciou a Maternidade de Camaçari. 

De acordo com as informações, Moisés de Jesus, marido de Andréa, alega ter levado a sua esposa, grávida de oito meses, até a maternidade após ela perder líquido e ter sangramento.

Em relato, Moisés disse que ‘o atendimento demorou cerca de cinco horas’ após chegar ao local.

Levei ela para a maternidade e demorou cerca de 5 horas para ser atendida. Minha esposa ficou passando mal e de repente uma médica chegou e fez o atendimento. Ela deu uma bronca na equipe de plantão e foi realizar o exame ultrassom”, contou.

Ainda conforme denúncia, a criança teria nascido ‘sem sinais vitais’ quando chegou o atendimento.

A médica ficou desesperada, não estava achando a criança na barriga e quando conseguiu retirar, minha filha já nasceu morta e toda roxa”, disse.

Moisés, continuando a denúncia, afirmou que a equipe de plantão ‘não prestou a assistência necessária’ para sua esposa. Ele acredita que ‘um atendimento imediato teria evitado o trágico falecimento’.

 

 

 

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