A delegada-geral da Polícia Civil, Heloísa Brito, em coletiva de imprensa dada nesta terça-feira (13), informou que uma das linhas de investigação sobre a morte de Patrícia Neves Jackes Aires aponta que o motivo do crime seria a cobrança de um dinheiro emprestado ao ex-companheiro, Tancredo Neves Feliciano de Arruda, que confessou ter cometido o assassinato.
De acordo com o que foi apurado até então, a delegada teria dado ao autor um valor de R$40 mil, para que ele conseguisse revalidar o seu diploma de médico efetuado em outro país. Porém, após um tempo sem nenhum pagamento, a vítima decidiu cobrar de Tancredo, o que ocasionou no feminícidio por estrangulamento.
“Essa é uma linha de investigação que nós ainda estamos aferindo. Agora de fato era uma relação conturbada, com um histórico de violência, e quando a gente verifica, o suspeito já tinha outras passagens por violência em Foz do Iguaçu, em Feira de Santana e no interior da Bahia. Então isso demonstra que ele era uma pessoa de caráter violento, de fato, e a gente acredita que o [crime] pode ter acontecido em razão da discussão, do dinheiro ou de fato pelo término ou continuidade da relação”, pontuou Heloísa Brito.
Ainda assim, o histórico violento do médico durante o relacionamento com Patrícia ainda é a hipótese principal que leva o caminhar das investigações, mas não há nada concreto. Vale ressaltar que, antes da confissão, Tancredo havia dito diversas vezes que ela foi morta por criminosos durante um sequestro, o que foi logo desconsiderado pelos policiais – já que a cena do crime não demonstrava isso.
No último domingo (11), Patrícia Neves foi encontrada morta, dentro de seu carro, em uma zona de mata em São Sebastião do Passé, no Recôncavo.