Durante a 5ª sessão ordinária, realizada na manhã desta terça-feira (10) na Câmara de Vereadores de Camaçari, os vereadores utilizaram seu tempo de fala para demonstrar solidariedade ao colega Dudu do Povo.
O vereador Dudu do Povo foi agredido durante uma confusão generalizada após o desfile de 7 de Setembro, no bairro da Gleba E, no último sábado. O vereador Jorge Curvelo comentou que o agente envolvido “não está preparado para vestir a farda da Polícia Militar”, enquanto Elias Natan descreveu o ataque ao edil como uma ação “covarde”.
Nas redes sociais, a equipe de comunicação de Dudu do Povo emitiu uma nota oficial lamentando o ocorrido.
“É com profunda indignação que repudiamos o grave episódio ocorrido no desfile de 7 de setembro, em que um policial militar, de forma absolutamente inaceitável, agrediu o vereador Dudu do Povo com um golpe no rosto e utilizou de sua posição para coagir cidadãos que transitavam pacificamente em apoio ao vereador. A agressão contra um representante eleito pelo povo é uma agressão contra a própria democracia e contra a liberdade de expressão e manifestação dos cidadãos. A postura do policial em questão atenta não apenas contra a integridade física do vereador, mas contra os princípios que devem nortear o papel das forças de segurança pública: o de proteger, garantir a ordem e respeitar os direitos civis. Manifestamos nossa solidariedade ao vereador Dudu do Povo e a todos os cidadãos que foram intimados neste ato lamentável. A violência institucional não pode, de forma alguma, ser tolerada ou normalizada”, publicou a equipe de Dudu.
Em nota ao Bahia no Ar, a assessoria da Polícia Militar informou que os agentes precisaram ‘intervir devido ao crescimento das hostilidades de uma parcela do público que não acatou recomendações’.
“Segundo informações contidas no relato da ocorrência, policiais militares do 12º BPM atuavam no patrulhamento do 7 de Setembro, na localidade conhecida como Gleba E, em Camaçari, na manhã deste sábado (7), quando ocorreu um princípio de tumulto motivado pela presença de grupos políticos distintos no mesmo espaço. A atuação dos pms foi, em um primeiro momento, para orientar os presentes de forma que não houvesse provocações ou vias de fato entre adversários, fazendo inclusive um cordão de isolamento entre os grupos. Em face da indisposição de uma parcela do público em acatar as recomendações dos militares, e com o crescimento das hostilidades, os policiais precisaram intervir, dispersando os presentes”, escreveu a Assessoria da Polícia Militar para o Bahia no Ar.