A greve de médicos que prestam serviço ao sistema público de saúde em Camaçari continua. A população que depende do atendimento nas UPAs de Nova Aliança, Vila de Abrantes, Arembepe e Monte Gordo aguarda o desfecho das negociações entre a prefeitura e a categoria.
Por um lado, o Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed), justifica a paralisação de 100% da categoria, por falta de segurança efetiva, cobram a melhorias da estrutura físicas das UPAs, reposição de medicamentos, reposição de plantonistas, com a contratação de mais médicos, além do pagamento em dias dos salários e das obrigações sociais e trabalhistas.
De acordo com informações do presidente do Sindimed, Francisco Magalhães, a greve não tem previsão de encerramento, enquanto o governo não negociar, principalmente a garantia do cumprimento das reivindicações básicas, para que a categoria volte a trabalhar sem colocar em risco os profissionais e a população. “Encaminhamos ao prefeito e ao secretário de saúde o relatos dos problemas precários e nenhuma decisão foi tomada para otimizar o serviço da categoria, pois a saúde no município tem sido tratada com descaso”, frisa.
Greve ilegal – Para Francisco a greve não é ilegal, como a prefeitura vem divulgando. Segundo conta o presidente, a regulamentação de greve não existe, quem regula a negociação. “No nosso entendimento nós não estamos fazendo uma greve, mas um movimento cívico, um ato de socorro, mostrando a sociedade que estamos na luta por uma saúde de qualidade”, ressalta o presidente do Sindimed.
A greve começou no dia 23 de dezembro e é por tempo indeterminado. O Sindimed informa que para atendimentos de urgência e emergência deve procurar o serviço no Hospital Geral de Camaçari, UPA Gleba A e o Hospital Menandro de Farias.
