Os assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz foram condenados nesta quinta-feira (31), pela Justiça do Rio de Janeiro, em um júri ocorrido em dois dias.
Ronnie foi condenado a 78 anos, 9 meses e 30 dias; já Élcio, a 59 anos, 8 meses e 10 dias. Ambos foram os executores do crime, ocorrido no dia 14 de março de 2018 e teriam sido contratados pelo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ) Chiquinho Brazão, e o deputado federal Domingos Brazão, após desavenças com a vereadora por conta de questões fundiárias e grupos de milícia que ela combatia.
O júri entendeu que eles são culpados de três crimes: duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima), tentativa de homicídio contra Fernanda Chaves (assessora de Marielle) e receptação do veículo usado no crime.
Ronnie e Élcio estão presos desde 12 de março de 2019. Eles fecharam acordo de delação premiada. Além dos irmãos Brazão – o delegado Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro na época do crime, também foi apontado de ter prejudicado as investigações.
Chiquinho, Domingos e Rivaldo são mantidos na cadeia desde 24 de março deste ano. Por causa do foro, há um processo paralelo no Supremo Tribunal Federal (STF) que julga o trio.
Também são réus no processo o ex-policial militar Robson Calixto, ex-assessor de Domingos Brazão, que teria ajudado a se livrar da arma do crime, e o major Ronald Paulo Alves Pereira, que teria monitorado a rotina de Marielle.
Agora falta o mandante