A briga política entre as duas principais lideranças do PT de Camaçari, parece que está bem longe de chegar ao fim. O prefeito do município, Ademar Delgado, antes homem de confiança de Luiz Caetano e agora seu inimigo número um, renderá bons frutos na vida pública de algumas lideranças, que eram apenas coadjuvantes no processo eleitoral. Antes de confirmar o nome da secretária de Governo, Jailce Andrade, como sua candidata para disputar as eleições de outubro, visto que desistiu de disputar a reeleição, o prefeito tentou emplacar alguns nomes da sua sigla partidária, no entanto, não obteve sucesso.
Entre os convidados do gestor, para concorrer ao cargo estava o vereador Gilvan Souza, edil de primeiro mandato que teve a oportunidade de assumir o protagonismo sendo o candidato de “consenso ” , mas declinou , segundo ele, por entender não ser o seu momento. O deputado Bira Coroa que despencou nas urnas de Camaçari no último pleito inclusive, perdendo a eleição para deputado em 2014, ficando apenas como suplente, vindo assumir uma vaga na ALBA, graças a mão amiga do governador Rui Costa , também recebeu o convite para ser o candidato, mas ao que parece, ele sabe o tamanho político que tem e não aceitou a proposta após ser convencido de que não teria a mínima chance de disputar o pleito municipal e sair vitorioso.
Além de Gilvan e Bira, quem também recebeu o convite e recusou foi o vereador José Marcelino. O parlamentar de três mandatos , acumula experiência no Executivo, quando passou na Secretaria de Governo foi considerado destaque na pasta. Em janeiro de 2015, assumiu a presidência da Câmara , bem articulado, o edil que também é presidente do PT em Camaçari, também tem grande influência na administração municipal. Marcelino foi o responsável pela indicação do secretário de Educação , professor Márcio Neves , além de indicar cargos estratégicos na Secretaria de Saúde. Apesar de apresentar requisitos básicos para uma disputa , com chances de vitória, o “negão” como é carinhosamente chamado pelos mais próximos , não aceitou o convite do prefeito Ademar Delgado.
Todo e qualquer político sonha em assumir o cargo máximo na política local, ser chefe do Executivo Municipal. No entanto, por quê Marcelino recusou ? Medo de arriscar sua reeleição de vereador quase garantida ?
Lealdade ao deputado Luiz Caetano, responsável pelo seu crescimento político ? Ou, por ser um homem de grupo , conciliador ? Será que ao invés de ser incendiário , Marcelino resolveu ser bombeiro?
E entrevista ao portal Bahia No Ar, o prefeito Ademar Delgado falou sobre o assunto. “Realmente tentamos construir essa candidatura dentro do partido, trabalhei primeiro os nomes de , Gilvan Souza e Marcelino , depois o nome de Bira Coroa , mas não aceitaram , depois trabalhei o nome de Jailce Andrade , o partido também não aceitou , por isso ela sairá candidata em outro partido da base ” afirmou
Procurado pelo BAHIA NO AR, o presidente da Câmara confirmou a proposta é explicou porque não aceitou , “Não aceitamos, porque entendemos que não adianta uma candidatura do PT só disputar , temos que ter um candidato com chances se Vitória “finalizou.
