Os dois policiais militares denunciados por agredir o serralheiro Moisés Gonçalves, 18 anos, durante uma abordagem em Itinga, em Lauro de Freitas, foram afastados das atividades. Os nomes dos PMs não foram divulgados. Eles trabalham no setor de inteligência da 81ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM/Itinga).

A assessoria da Polícia Militar informou que os PMs já foram ouvidos, mas não divulgou o conteúdo dos depoimentos nem os nomes dos policiais. Na segunda-feira (29), a Corporação abriu um processo para investigar a conduta dos dois militares.

 

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Ontem, Moisés prestou depoimento na Coordenação de Proteção da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social (SJDHDS), no CAB. Depois foi a Corregedoria da PM para formalizar a abertura do inquérito e ao Departamento de Polícia Técnica (DPT) para fazer o exame de corpo de delito.

De acordo com a superintendente de Apoio e Defesa dos Direitos Humanos, Anhamona de Brito, o depoimento registrado na Coordenação de Proteção seria encaminhado para o Ministério Público da Bahia.

Entenda o caso – Moisés Gonçalves foi arrastado de dentro de um prédio, no condomínio Quinta da Glória, e espancado com socos, chutes e até uma barra de ferro. Os PMs queriam que o serralheiro informasse sobre um traficante que estaria na região. Ele foi obrigado a entrar no porta-malas de um carro e levado até um matagal, onde voltou a ser agredido. Parte das agressões foram filmadas por um morador do condomínio.